Dear Frank,
Compreendo que estejas chateado comigo, tens todas as razões possíveis e imaginárias para o estares. Na nossa relação, sempre fui a parte estúpida, errada e má. Tenho pena que por muitas chamadas de atenção que tenha tido, não tenha conseguido mudar, tu não o mereces
Já te conheço há pelo menos 13 anos. Não me lembro de ter sido muito tua amiga no infantário, passavas-me um bocadinho ao lado, verdade seja dita, não imagino porquê. Se pudesse voltar atrás, fundamentava a nossa amizade mais cedo do que o fiz. Creio que foi com o desabrochar das nossas personalidades que percebemos que afinal tínhamos mais a ver um com o outro do que julgávamos.
Este foi o 1º ano que dei por mim sem ti a todos os intervalos para me fazer rir, e travar conversas interessantes, ao contrário do que acontecia com os meus colegas de turma. E acredita que me custou muito.
Sim, nem sempre te dou a atenção que mereces ou que precisas, a compreensão, simplesmente ouvir os teus problemas. Não, não o faço, porque sou um ser demasiado egoísta para perceber que nem tudo gira à minha volta, que não existe nenhuma teoria Joanocêntrica, criado em 1996 por algum cientista italiano.
Quero-te na minha vida para sempre, sabes? Muitas vezes perco tempo a imaginar-nos, feitos estudantes universitários, em casa um do outro a passar serões juntos a discutir temáticas filosóficas. Ou, a reacção dos meus filhos sempre que eu dissesse que íamos ver o Tio Franky (presumo que odeies que te chame isto).
Agora, lembrei-me da última vez que estivemos juntos, quando me pediste para te dar um abraço. São essas pequenas coisas que dão valor à nossa amizade. Conversas estúpidas por madrugadas a dentro, sessões de webcam contigo a gozares com os "meus presuntos", conversas sobre filosofia no tal café do Jota, pequenos encontros em que te consigo arrancar um sorriso, etc.
Desculpa pela desarrumação do texto.
Eu gosto mais de ti do que tu imaginas.
With love,
Jules
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